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u m g a t o a z u l: Outubro 2008

http://umgatoazul.blogspot.com/2008_10_01_archive.html

Sexta-feira, 17 de outubro de 2008. Delírios numa torre no centro de Porto alegre. Então segurei firme, mas a janela insistia em ficar aberta. Decidi não sair de casa, sentei naquele longo sofá (grande demais pra Cecília e eu, parece sempre que falta alguém) e fiquei encarando a janela que continuava a teimar. Levantei e olhei pra baixo, através do vidro trêmulo. Os guarda-chuvas se abriam lá embaixo e era como confete colorido, pontinhos redondos de todas as cores. E se pedir que eu jogue minhas tranças?

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u m g a t o a z u l: Um dia, dois gatos

http://umgatoazul.blogspot.com/2009/03/um-dia-dois-gatos.html

Segunda-feira, 2 de março de 2009. Um dia, dois gatos. Ah, peludice tão simétrica. Listradez tão bem desenhada! Como podem essas mãos e pés forrados. Andar todo o tempo em silêncio? Explorar a beleza da casa. Apenas com quieta presença? Ó gato que come silencioso,. Que fala com prazer em agudos ruídos. O que te guia pela minha casa? Por que amá-la com tua presença? Como explicar o teu desenho. Linhas pretas em teu pêlo. Essa curva da tua espinha, as orelhas em relevo. Continuação da perfeita cabeça?

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u m g a t o a z u l: Contos Urbanos

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Sexta-feira, 17 de outubro de 2008. Delírios numa torre no centro de Porto alegre. Então segurei firme, mas a janela insistia em ficar aberta. Decidi não sair de casa, sentei naquele longo sofá (grande demais pra Cecília e eu, parece sempre que falta alguém) e fiquei encarando a janela que continuava a teimar. Levantei e olhei pra baixo, através do vidro trêmulo. Os guarda-chuvas se abriam lá embaixo e era como confete colorido, pontinhos redondos de todas as cores. E se pedir que eu jogue minhas tranças?

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u m g a t o a z u l: Diário-Crônica

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Quarta-feira, 17 de setembro de 2008. Cheguei em casa, aquelas roupas todas penduradas pelo apartamento, secando. Lavei pra ver se saia um pouco de mim daqueles tecidos. A Cecília não gosta quando lavo a roupa; estendo como consigo aquele mundaréu de coisas úmidas (que sensação terrível a de um tecido molhado! Esses dias, minha amiga Ana Cláudia foi a São Paulo e de lá me trouxe um gatinho de porcelana japonês, muito mimoso, que coloquei na estante da sala assim que cheguei. Bobagem! Meu gatinho de porce...

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u m g a t o a z u l: Ressugato

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Domingo, 11 de outubro de 2009. E quando vai chegar o dia em que voltará o messias e não será nem homem nem mulher, mas um gato? E toda a humanidade se espantará, horrorizada, mas os gatos se contentarão com um leve balançar das orelhas? Amem a si mesmos como os gatos se amam, ele dirá. E prefiram o silêncio quando souberem que suas palavras nada acrescentarão. E dividam seu peixe e seu leite e não se envergonhem de ser quem são. Tu és a criatura mais linda que existe, ele dirá. Todo mundo fica mais unido.

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u m g a t o a z u l: Terra

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Quarta-feira, 8 de julho de 2009. Em minhas leituras, me deparei com um texto sobre a perspectiva indígena de ver mundo. Tudo são pessoas, mas em diversas formas e roupagens, acreditam os índios. A pedra, o macaco, a grama. Tudo deve ser respeitado, porque tudo é um só, todos são gente, vida em forma de bicho, de planta, de pedra. Assinar: Postar comentários (Atom). Todo mundo fica mais unido. Visualizar meu perfil completo. O Gato nosso de cada dia, por Vera Caracik. Algumas listras e algumas manchas.

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u m g a t o a z u l: Outubro 2009

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Domingo, 11 de outubro de 2009. E quando vai chegar o dia em que voltará o messias e não será nem homem nem mulher, mas um gato? E toda a humanidade se espantará, horrorizada, mas os gatos se contentarão com um leve balançar das orelhas? Amem a si mesmos como os gatos se amam, ele dirá. E prefiram o silêncio quando souberem que suas palavras nada acrescentarão. E dividam seu peixe e seu leite e não se envergonhem de ser quem são. Tu és a criatura mais linda que existe, ele dirá. Todo mundo fica mais unido.

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u m g a t o a z u l: Um dia, um gato

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Terça-feira, 15 de julho de 2008. Um dia, um gato. O gato de manhã. Eu lia o jornal matutino. E o gato chegou tão malhado. Subiu à minha mesa, felino. Olhou e me viu presa fácil. O gato encarou-me à espreita. Eu, à espera daquele espetáculo. O peso nas patas traseiras. O bigode pontudo e estático. As pupilas miravam, certeiras. Aquele meu ato tão básico. Eu quis me mover na cadeira. Já me via ameaçado. E, quando, uma vez decidido. O pêlo todo arrepiado. Avançou num ataque ferino,. Pulando num único salto.

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u m g a t o a z u l: Março 2009

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Segunda-feira, 2 de março de 2009. Um dia, dois gatos. Ah, peludice tão simétrica. Listradez tão bem desenhada! Como podem essas mãos e pés forrados. Andar todo o tempo em silêncio? Explorar a beleza da casa. Apenas com quieta presença? Ó gato que come silencioso,. Que fala com prazer em agudos ruídos. O que te guia pela minha casa? Por que amá-la com tua presença? Como explicar o teu desenho. Linhas pretas em teu pêlo. Essa curva da tua espinha, as orelhas em relevo. Continuação da perfeita cabeça?