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Idioteca: Farewell Post
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Para crianças extremamente inteligentes. Absurdo como o real. Coisas que eu queria ter escrito. Quarta-feira, 5 de maio de 2010. Eu não odeio despedidas. Mas eu nunca me despedi, porque despedir-se mata a esperança de que o momento continue. Meus momentos continuam sendo eternos. Hoje cometerei um algumacoisacídio. Vou partir e não sei se voltarei. Não me entenda mal, hoje. Não, não é carnaval. A gente se esbarra em qualquer semáforo pra cantar uma música do Chico Buarque, mas não vamos combinar nada.
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Idioteca: Velho eu
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Para crianças extremamente inteligentes. Absurdo como o real. Coisas que eu queria ter escrito. Terça-feira, 27 de abril de 2010. Se eu guardasse tudo que é meu. Não de você mas de mim mesmo. Eu descansaria minha alma escaldante. Num olhar ao sol de cristal. Não teria que pensar. Teria apenas de agir. E tudo seria perfeito. Eu me guardo e ninguém se machuca. Você gostaria de ouvir minha voz e toda sua emoção? Então dê-me os seus versos. Eu já posso ver. Em um velho eu. E minha sincera infelicidade.
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Idioteca: Abril 2009
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Para crianças extremamente inteligentes. Absurdo como o real. Coisas que eu queria ter escrito. Segunda-feira, 27 de abril de 2009. Peso demais na consciência. Peso maior ainda no estômago. Pálido, fraco. São apenas sintomas da culpa. Isso vai passar. Você acha que eu estou bem? Quilos e quilos de lipídios armazenados. Olha para mim, porque eu não vou me olhar no espelho. O meu rosto incomoda. A cicatriz do meu rosto deforma. Eu não sou perfeito. Links para esta postagem. Domingo, 26 de abril de 2009.
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luminescência: Março 2013
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Sexta-feira, 1 de março de 2013. Sou definitivamente a crítica mais assídua de meu próprio resturante. Cada prato servido é minuciosamente examinado na degustação e triplamente elevado ao quadrado na execução. E possivelmente, sou a mesma que diz: foda-se. Alguma coisa da vida. Visualizar meu perfil completo. Mais relatos e interrogações. Clarice Lispector ganha estátua no Leme, a 1ª de uma artista mulher no Rio. Indícios de uma rosa*. Mario Quintana: Eterno Espanto. E fazer da solidão, meu acalento.
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Idioteca: Novembro 2009
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Para crianças extremamente inteligentes. Absurdo como o real. Coisas que eu queria ter escrito. Sábado, 21 de novembro de 2009. Quando saiu de casa tudo que queria era um cachorro quente. E a TV mandava nunca mais jantar. Não tenho desses dias que se passam em fotografia. E certamente não duro mais de um mês ouvindo Tom. Saiu de frente pra um apartamento, emprego, filho. E num domingo - dessas horas tão mortais - foi se hospitalizar. E então minha melhor amiga vem a ser. A máquina de hemodiálise. Ana Pau...
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luminescência: Setembro 2010
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Sexta-feira, 24 de setembro de 2010. Tal qual as etapas de uma decolagem de um foguete, me preparo para olhar aqui dentro. Tal qual a arrumação para receber uma visita é o que acontece quando penso. Tal qual preparativos de viagem, checo a lista de palavras que levo comigo. Refinamento, check. Quinta-feira, 23 de setembro de 2010. É só nessas horas, com tudo pronto. E o cansaço aflora. E continuavam todos lá. Nos seus servidos lugares. Alguma coisa da vida. Visualizar meu perfil completo. Se tudo há razã...
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Idioteca: Janeiro 2010
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Para crianças extremamente inteligentes. Absurdo como o real. Coisas que eu queria ter escrito. Domingo, 31 de janeiro de 2010. Nós vamos e nos assustamos. Com tudo que irá ser. Sacolas plásticas carregam meus sonhos. Com mais tato do que um terceiro ou quarto vento. Se eu tiver um medo. Eu vou lá e te chamo. Links para esta postagem. Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010. Links para esta postagem. Quinta-feira, 21 de janeiro de 2010. Links para esta postagem. Terça-feira, 19 de janeiro de 2010. Eu vou me d...
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Idioteca: Setembro 2009
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Para crianças extremamente inteligentes. Absurdo como o real. Coisas que eu queria ter escrito. Sexta-feira, 25 de setembro de 2009. Tudo aos pedaços, aos poucos. O menino perdeu a voz. O homem perdeu a si. E as cores deixaram de cantar. E as manchas se deixaram esvair. O sol nunca mais disse adeus. Aos pedaços o menino perdeu a voz. Aos centímetros o quarto encolheu. Os olhares as manchas abandonaram. A nuvem nunca mais foi tão doce. O céu nunca mais contou histórias. Eu ainda queria ter a voz. O PSEUDO...
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Idioteca: Atravessado
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Para crianças extremamente inteligentes. Absurdo como o real. Coisas que eu queria ter escrito. Quarta-feira, 28 de abril de 2010. Não era minha primeira opção, mas eu escolho a sombrinha pra me equilibrar na corda bamba que é a linha da evolução. Sigo como pioneiro entre os macacos-poetas e desço dos postes da minha cidade. Desço como muitos já desceram da torre de marfim, ainda que com uma mala pesada. E desço a rua. O sinal abriu e todos nós descemos a rua. Só não piso em linhas intencionais. Minha ci...
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luminescência: Novembro 2010
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Terça-feira, 16 de novembro de 2010. Ela estava no canteiro que dividia as duas faixas opostas - duas divididas em quatro - de uma grande avenida. O tráfego era intenso, veloz e irrefreável. Ela permanecia ali, olhando o outro lado da rua. Olhava fixamente, sem ombros baixos, para manter a vista focada (ou relaxada). E ela via. Ansiava atravessar ou chegar do outro lado? O medo de não ser atingida a dominava:. Atravessar e não morrer pelo caminho. Alguma coisa da vida. De todas, uma que defende as outras...